FENO

A Fazenda Pau D´Alho também produz e comercializa feno da variedade de Bermuda (Cynodon Dactylon) desde 1996. A fenação é um processo de conservação de forragens por meio de desidratação parcial do material original. Os capins mais indicados para fenação são os que dão cortes freqüentes e desidratam com rapidez.

O feno da Fazenda Pau D’ Alho tem como característica marcante sua qualidade no processo de produção o que garante fardos com mais alto padrão de qualidade.  Padrão de qualidade nutricional comprovada por analises bromatologicas  feitas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP, Piracicaba-SP de todos os feno classificado por qualidade .

O feno é comercializado por unidade onde contem como características dimensionais  de 0,30 metros de altura, 0,40 metros de largura e 0,80 metros de comprimento, com peso de 11,0kg ate 14,0kg variando de acordo com a cultivar usada para enfardar.

Hoje produzimos fenos das cultivares Tifton 85, Florakirk, Jiggs, Coastcross II.

 

CLASSIFICAÇÃO/QUALIDADE

FENO TIPO A: é o feno de melhor qualidade, conferindo a melhor coloração e aroma característico apresentando uma predominância de folhas e poucos talos e não tomou chuva durante o processo de produção.

FENO TIPO B: é o feno que durante o processo de pode ter tomado um pouco de chuva, prejudicado em sua a coloração e aroma ou por ter maior quantidade de talos do que folha. Porém os níveis nutricionais permanecem praticamente inalterados.

FENO TIPO C: é um feno com mais talos e poucas folhas ou que tenha plantas daninhas. E uma opção de alimento nutritivo e barato para criação de bovino, ovinos e caprinos, também pode ser utilizado como cobertura morta em frutas e hortaliças e na produção de cogumelos.

INTRODUÇÃO 
A qualidade do feno, que é uma forragem conservada através da desidratação, reduzindo-se o seu teor de umidade de 65 a 85% para 10 a 15%, através de processos naturais ou não, que visam conservar o seu valor nutritivo (da planta que lhe deu origem), tem sido discutida em inúmeros artigos técnicos. Entretanto, nos parece interessante avaliar com mais detalhes o processo de produção do feno e seus pontos críticos para que a qualidade desejada possa ser realmente atingida.

VANTAGENS
O feno possui algumas vantagens interessantes, tais como:
– É tecnicamente versátil, ou seja, tanto grandes quanto pequenos proprietários rurais podem produzi-lo;
– É facilmente transportável (manuseio), principalmente para os fardos retangulares;
– É versátil do ponto de vista de armazenamento;
– Não depende de processos fermentativos, como a silagem;
– É comercializável;
– Não se estraga no fornecimento, pois é um produto estável em contato com o oxigênio (estabilidade aeróbia).

PLANTAS FORRAGEIRAS
Considerada a rainha das plantas forrageiras devido ao seu alto valor nutritivo, a alfafa não é uma das plantas mais indicadas para o processo de fenação por ser uma leguminosa. Essa família de plantas forrageiras possui uma ligação da folha com o caule muito frágil, o que acarreta grandes perdas de material ao longo do processo de desidratação a campo. Em processos de desidratação artificial ou a sombra essas perdas são minimizadas, porém, aumentam-se consideravelmente os custos de produção, conforme comentário anterior. As gramíneas, ao contrário das leguminosas, possuem folhas com forte ligação ao caule através de bainhas envolventes, o que garante menor possibilidade de perdas se o processo de desidratação for adequadamente conduzido. As plantas mais apropriadas pertencem à espécieCynodon dactylon, incluindo-se o coast-cross, tifton (68,78 ou 85), grama estrela, etc., porém inúmeras outras podem ser utilizadas para esse fim. Essas plantas são caracterizadas por alta produção de matéria seca, excelente relação haste: folha, alta resistência ao corte, boa velocidade e vigor de rebrota, desidratação rápida, entre outras características desejáveis.

A definição do estágio de maturação adequado para o corte é de fundamental importância para produção de fenos de alta qualidade e boa produtividade por área. Estágios avançados aumentam a quantidade de feno produzido por área, porém, reduzem sua qualidade. Estágios precoces melhoram a qualidade do feno, porém, reduzem a produção total. O que se busca, na maioria das vezes, é um ponto intermediário que propicie boa qualidade (mínimo de 12% PB e máximo de 75% FDN) para o feno produzido, mas que alie boa produtividade e viabilidade econômica para o negócio. O amadurecimento do mercado consumidor pode levar a um aprimoramento do processo, desde que os maiores custos de produção possam ser absorvidos.

O PROCESSO DE FENAÇÃO
O processo de fenação pode ser dividido em:
 Produção forrageira (manejo agrícola);
São itens importantes dessa fase: a escolha da planta forrageira, formação adequada do estande, manutenção da fertilidade do solo, já que a extração de nutrientes é muito elevada, controle de plantas daninhas (inclusive uso adequado do período de carência de herbicidas), identificação do estágio de maturação ideal para corte, previsão climática e planejamento e dimensionamento das áreas de corte.

 Corte ou ceifa;
O corte pode ser manual ou mecânico, utilizando-se diferentes tipos de equipamentos disponíveis, tais como: alfange, colhedora de forragens, ceifadora / segadora (discos, barra ou tambor), com sistema condicionador ou não.

 Secagem ou desidratação;
Fase que requer enorme cuidado, pois as perdas podem ser muito elevadas. São utilizados ancinhos afofadores e enleiradores. Pode ser dividida em três etapas: Primeira – água de superfície (fase de fácil desidratação, de 80-85% de umidade para 65%); Segunda – fase de difícil desidratação devido ao fechamento dos estômatos, de 65% para 30% (de umidade) e Terceira – fácil desidratação devido à morte das células, reduzindo-se de 30% para 10 a 15% de umidade.

 Recolhimento e armazenamento (enfardamento);
O feno produzido pode ser armazenado a granel ou ser enfardado em fardos retangulares ou cilíndricos de diversos tamanhos. O enfardamento é interessante pela facilidade de manuseio e redução drástica do volume. As perdas nessa fase são menores, porém não menos importantes.

 Fornecimento ou Alimentação;
Fase normalmente ignorada, porém de suma importância, já que as perdas podem ser consideráveis. O valor nutritivo do feno deve ser compatível com o desempenho animal desejado. Podem ser fornecidos íntegros ou picados / moídos.

FONTE:

ANDRADE, J. B. Produção de Feno. Nova Odessa: Instituto de Zootecnia, 1999. 34 p. (Boletim Técnico, 44).

LAVEZZO, V. Disciplina de Forragens Conservadas do Curso de Pós-graduação da FMVZ da USP, campus de Pirassununga, SP. 1997.

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